O ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, conhecido como Manga, morreu aos 87 anos, na manhã desta terça-feira, no Hospital Rio Barra, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O ex-atleta estava internado no Hospital Rio Barra e lutava contra um câncer de próstata. A morte foi anunciada pelas redes sociais do Botafogo. O velório acontecerá no Salão Nobre de General Severiano, de 8h às 10h15 desta quarta-feira (9), aberto aos torcedores. O sepultamento está marcado para às 11h, no Cemitério São João Batista.

Nascido em Recife, Manga começou sua trajetória no futebol na categoria de base do Sport. Foi lá, durante seu tempo no clube pernambucano, que recebeu o apelido de “Manga”, devido ao seu hábito de comer as frutas que caíam de uma árvore próxima ao centro de treinamento.
Em 1959, ele foi contratado pelo Botafogo, onde se tornou ídolo e permaneceu por dez anos, conquistando quatro títulos cariocas (1961, 1962, 1967 e 1968).
Pelo Alvinegro, Manga atuou entre os anos de 1959 e 1968, disputou 442 jogos, sendo o 4º atleta com mais partidas na história, e conquistou o bicampeonato carioca em 1961/62 e 1967/68.
Referência debaixo das traves, Manga disputou pela Seleção Brasileira a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, ao lado de outros craques que também brilharam com a Gloriosa Camisa, como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho. Seu desempenho, sua liderança e seu carisma fizeram dele um símbolo da posição no país.”
Sua estreia com a camisa da Seleção Brasileira aconteceu em 1965, em um amistoso contra a Alemanha Ocidental.
O goleiro também foi convocado para a Copa do Mundo de 1966, mas disputou apenas uma partida, já que o Brasil foi eliminado na fase de grupos após a derrota por 3 a 1 para Portugal.
Em 1968, viajou para o Uruguai e fez sua estreia pelo Nacional. Lá, se tornou tetracampeão uruguaio e também conquistou a Libertadores de 1971.
Manga também viveu momentos marcantes em sua carreira no Nacional, do Uruguai, e no Internacional, clubes pelos quais se tornou ídolo. No time gaúcho, atuou por quatro temporadas e conquistou o bicampeonato brasileiro em 1975 e 1976, além do tricampeonato estadual em 1974, 1975 e 1976.
Passou ainda pelo Operário-MS, onde foi campeão estadual, e pelo Coritiba, onde venceu o Campeonato Paranaense. Teve no currículo passagem pelo Grêmio, com mais um título gaúcho, e encerrou sua carreira no Barcelona de Guayaquil, no Equador, levantando o troféu do Campeonato Equatoriano.
A data de seu nascimento, 26 de abril, foi estabelecida como o Dia do Goleiro no Brasil, em homenagem à sua importância na posição. Após se aposentar, Manga seguiu vinculado ao futebol, atuando como treinador de goleiros.