O número de pessoas nascidas no estrangeiro nos Estados Unidos aumentou mais de 15% entre 2010 e 2022, para pouco mais de 46 milhões, de acordo com o U.S. Census Bureau.
São mais pessoas nascidas no estrangeiro – aquelas que não eram cidadãos dos EUA à nascença – do que nunca, apesar do lento crescimento populacional.
“O aumento provavelmente poderia ter sido maior na última década do que foi”, diz o demógrafo William Frey, pesquisador sênior da Brookings Institution. “Este aumento não foi tão grande como foi em algumas das décadas anteriores, especialmente entre 1990 e 2000.”
A população nascida no estrangeiro nos EUA aumentou de 19 milhões para 31 milhões, um aumento de 12 milhões, entre 1990 e 2000. Em contraste, o mesmo grupo aumentou apenas 6,2 milhões, de 40 milhões para 46,2 milhões durante o período 2010-2022.
A desaceleração pode ser atribuída a alguns fatores principais, diz Frey.
“A administração Trump reduziu alguns dos níveis de imigração com vários aspectos da sua política, e depois, claro, a pandemia”, diz ele. “Mas então, bem no final deste período, começou a subir novamente, mas não veremos a maior parte disso até o próximo ano ou no ano seguinte, quando eles lançarem [com] os próximos relatórios.”
Apesar das primeiras indicações de que a população imigrada cresceu a um ritmo mais rápido em 2023, Frey espera um crescimento populacional geral mais lento no futuro.
“Especialmente entre a população mais jovem. Para melhorar as perspectivas da força de trabalho, para gerar mais pessoas entrando na força de trabalho, teremos que aumentar a nossa imigração”, diz ele. “Isso é muito político, mas penso que uma forma económica sensata de encarar a questão seria garantir que continuamos a ter níveis razoáveis de imigração.”
Os números do Censo mostram que os níveis de educação das pessoas nascidas no estrangeiro que vivem nos Estados Unidos estão a aumentar. Em 2010, 68% das pessoas desse grupo concluíram o ensino médio ou superior, enquanto em 2022 esse número saltou para 75%.
Nos estados com mais imigrantes – Califórnia (26,5%), Nova Jersey (23,2%), Nova Iorque (22,6%) e Florida (21,1%) – os nascidos no estrangeiro representam mais de um quinto da população.
Fonte: Wikinotícias
